“E, chamando Jesus os Seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho.” (Mateus 15:32)
Estamos a poucos dias do Natal. Nessa época todos nós pensamos em festas e em presentes. Infelizmente o mundo tem distorcido completamente o significado do Natal. A data outrora escolhida para indicar o nascimento do Salvador da humanidade é um evento comercial, puramente egoísta e que em quase nada lembra o ato dAquele que se fez pobre para que nós nos tornássemos ricos!
Certo pastor estava com sua esposa na sala de sua casa quando uma rolinha, que entrara pela porta dos fundos, voava desesperadamente de um lado para o outro, sem encontrar saída. Quando exausta, ela pousou sobre o peitoril da janela, diante do vidro fechado. O pastor foi em sua direção enquanto a rolinha olhava para ele parecendo dizer: “Confio em você.” Ele a tomou em sua mão e acariciou a sua cabecinha. Após dar alguns momentos para que a rolinha recuperasse suas energias, soltou-a. Lá se foi a rolinha voando feliz, completamente livre. Aquele pastor praticara uma boa ação e estava satisfeito!
Essa pequena história nos faz pensar: Ser compassivo é sempre bom para quem recebe e para quem pratica uma boa ação. Jesus foi e é o grande Mestre da compaixão. Aliás, Ele não praticava a compaixão de forma esporádica, mas como estilo de vida. Essa era a Sua maneira de ser. Comentando como Jesus dedicava atenção até a coisas aparentemente insignificantes, Ellen White escreveu: “Aquele cuja palavra poderosa sustinha os mundos, detinha-Se para aliviar um pássaro ferido. Nada havia para Ele indigno de Sua atenção, coisa alguma a que desdenhasse prestar auxílio.” – O Desejado de Todas as Nações, pág. 74.
Para Jesus, a compaixão era o amor de mangas arregaçadas, agindo em favor dos desvalidos e necessitados físicos ou espirituais. Ele estava sempre pronto a alimentar os famintos, acariciar as crianças, aconselhar os adultos, curar os enfermos e até ressuscitar os mortos. Sua compaixão era muito ampla; pois, além de objetivar aqueles que de imediato foram o alvo de Suas ações de amor, extrapolou o tempo e o espaço e tem atingido também a nossa vida com a Sua salvação.
Ao contemplarmos todos os atos de amor e misericórdia de Jesus, confrontando-os com a realidade de que Ele era o Criador de todas as coisas e que Se deixou humilhar como servo, padecendo a morte mais humilhante, a morte de cruz, para nos salvar, exclamamos como Paulo: “O amor de Cristo nos constrange.” II Cor. 5:14.
Sim, que o amor de Jesus nos constranja e nos inspire a sermos também compassivos e amorosos como Ele foi e tem sido para conosco.
Fica aqui uma sugestão: Diminua a sua ceia de Natal e prepare uma cesta. Pode ser pequena, não faz mal. Dê essa cesta a uma família pobre em sua vizinhança.
por Pr. Dermival Reis